quinta-feira, 3 de maio de 2007

Vivo com um rato, mas não um daqueles do Convento de Mafra que nem sequer são líderes



Pois parece que é mesmo isso. Já antes a minha mãe me tinha dito que tinha visto um rato no quarto. Percorri o quarto todo. Arredei mobilia e caixotes na procura do nosso hóspede inesperado. Nunca o encontrei. Entretanto disseram-me que existe, de facto, um rato que partilha a nossa habitação e ninguém vê problemas nisso. Eu já imaginava uma ratazana típica de esgoto, cinzenta, gorda, de olhos vermelhos e dentes a lembrar o lobo mau. Achei tudo muito estranho, mas como nunca o vi fiquei a achar que tudo aquilo não passava de imaginação fértil da minha mãe, eventualmente associada a um qualquer distúrbio de acuidade visual.

Até que certo dia, já depois da partida da minha mãe para Lisboa, vi uma coisa pequena, castanha, a passear-se pelo varão do cortinado. Foi então que percebi que vivia de facto com um rato. A princípio não me conformei. Não acho de todo normal ter um rato no quarto. No entanto, com o passar do tempo, habituei-me à ideia. Não passa de facto de um animal inofensivo e que em nada me incomoda. Mais ainda, o Bock também não se importa nada. Desconfio que seja inclusive, o principio de uma bela amizade entre os dois

É assim meus caros, isto de viver num país em que porcos e galinhas, cães e cabras, partilham connosco os quase inexistentes passeios da cidade, tem muito que se lhe diga e definitivamente muda-nos. Para melhor ou para pior ainda não sei.

2 comentários:

Patrícia disse...

Não sei se aguetaria partilhar o meu espaço com um rato!
Só de imaginar sinto-me arrepiada.....
De facto a vida leva-nos a coisas que nós próprios nunca pensámos anteriormente!
Tenho saudades!!!!
Volta rápido, traz o Bock mas deixa o rato....

Tovarish disse...

Na na na, traz la o ratinho que a gente faz uma patuscada, ehehe.